Camundongos, Rapinas, Pebas, Cabaús, Caras pretas, Rabos brancos, Liberais, Conservadores, Udenistas, Pessedistas... tudo isso serve pra quê? Para que espertalhões, de lado a lado, se apossem da máquina pública, de forma direta ou indireta, se lambuzando no mel que dela vem, vivendo como vegetal sem nada contribuir com os de seu tempo e com os que hão de vir. Um excremento humano. Fossem as siglas supra mencionadas, meios de progressão, ao menos dos seus protagonistas e a história seria outra. Não são. Cabe, pois, aqueles que pilotam essa nau cheia de loucos a tarefa de acorrentá-los, de vendar-lhes os olhos que tão pouco vêem; e até tapar-lhes as bocarras fedorentas cheias de peçonhas a vociferar idiotices e cuja única outra finalidade é comerem tudo como se fossem lagartas, vomitando quase tudo em seguida como ocorre a todos os gulosos.
Bom, bom, bom, não ta não, mas...
Dizem por aí que o prefeito Luciano Bispo tem feito o diabo pra desalojar os chiquistas e, portanto, anti-lucianistas, da máquina privada de fazer dinheiro na qual se transformou a Micarana.
Da minha parte, sem o menor pudor ou temor de ser execrado a mando dos ditos espertalhões, acho a Micarana o maior desperdício de dinheiro público a quem alguém pode se dedicar. Se eu fosse o prefeito Luciano, bateria o pé e diria: não, e não e não! Seu benefício popular, do ponto de vista do lazer proporcionado é extremamente questionável. Politicamente é uma meleca; já que, se fizer, ganha uns tapinhas nas costas além do tradicional “muito bem!” dos de sempre, mas deixa o município quebrado; outrossim, se não o fizer, vai ter que agüentar a cantilena dos espertalhões a puxar o coro dos naturais descontentes. Financeira e promocionalmente para a cidade é um desastre. Serve tão somente para que uns poucos troquem seus carros de luxo e façam outros investimentos pessoais, passando o resto do ano sem mais nada fazer “de bar em bar, de mesa em mesa; bebendo cachaça, tomando cerveja”. Enquanto isso, o município que absolutamente nada arrecada com isso, sequer vê chegar verdadeiros turistas que aliviariam a gastança dos ditos festejos; festejos estes que, até por questão de natureza de segurança comercial, sequer os kits dos blocos podem ser aqui fabricados. Eis o que é a Micarana: o maior bota-fora de dinheiro onde os únicos a ganhar são exatamente os que absolutamente nada investiram.
Quanto à decisão de Luciano... a de expurgar os chiquistas, se a tomou, tá mais que certo. Não foi isso mesmo que foi feito desde há quatro anos atrás? Não é uma festa privada com dinheiro público? Não é ela privativa do grupo dos “amigos” de quem manda na Prefeitura? Então “tá bom! Bom, bom, bom, não ta não! Mas ta bom!”
Bom, bom, bom, não ta não, mas...
Dizem por aí que o prefeito Luciano Bispo tem feito o diabo pra desalojar os chiquistas e, portanto, anti-lucianistas, da máquina privada de fazer dinheiro na qual se transformou a Micarana.
Da minha parte, sem o menor pudor ou temor de ser execrado a mando dos ditos espertalhões, acho a Micarana o maior desperdício de dinheiro público a quem alguém pode se dedicar. Se eu fosse o prefeito Luciano, bateria o pé e diria: não, e não e não! Seu benefício popular, do ponto de vista do lazer proporcionado é extremamente questionável. Politicamente é uma meleca; já que, se fizer, ganha uns tapinhas nas costas além do tradicional “muito bem!” dos de sempre, mas deixa o município quebrado; outrossim, se não o fizer, vai ter que agüentar a cantilena dos espertalhões a puxar o coro dos naturais descontentes. Financeira e promocionalmente para a cidade é um desastre. Serve tão somente para que uns poucos troquem seus carros de luxo e façam outros investimentos pessoais, passando o resto do ano sem mais nada fazer “de bar em bar, de mesa em mesa; bebendo cachaça, tomando cerveja”. Enquanto isso, o município que absolutamente nada arrecada com isso, sequer vê chegar verdadeiros turistas que aliviariam a gastança dos ditos festejos; festejos estes que, até por questão de natureza de segurança comercial, sequer os kits dos blocos podem ser aqui fabricados. Eis o que é a Micarana: o maior bota-fora de dinheiro onde os únicos a ganhar são exatamente os que absolutamente nada investiram.
Quanto à decisão de Luciano... a de expurgar os chiquistas, se a tomou, tá mais que certo. Não foi isso mesmo que foi feito desde há quatro anos atrás? Não é uma festa privada com dinheiro público? Não é ela privativa do grupo dos “amigos” de quem manda na Prefeitura? Então “tá bom! Bom, bom, bom, não ta não! Mas ta bom!”
Começou errado.
Até o início dos anos quarenta, a cultura dos que mandavam no Brasil era de que a festa – de que todos sempre gostaram - era algo demoníaco, portanto, proibido. O cinema, o rádio e depois a vitrola espalharam cultura organizada e enlatada pelos quatro cantos do mundo modificando sensivelmente a forma de ser das sociedades. O domínio político saiu do campo exclusivo das armas, da política dos conchavos e da religião para ter um concorrente à altura: a mídia. Em Itabaiana não foi diferente.
No início dos anos quarenta o rádio a válvula trazia notícias muitíssimo mais rápidas e baratas que o telégrafo e muito mais que o jornal. Também trazia música e costumes. Localmente nossos “sambas” (forró é uma terminologia da segunda metade do século XX), quase sempre afastados "da cidade" era a única diversão. Mas ao fim dos anos quarenta surgem por aqui os primeiros clubes de recreação, em especial a Associação Atlética de Itabaiana. E eis que aparece a Micareme de 1949, Uma festa particular, dos sócios da Atlética, mas feita com dinheiro público segundo a lei número 29, de 09 de agosto de 1949(*). Ao que tudo indica a festa já ocorrera em abril – como ora ocorre – tendo sido a dita Lei apenas um socorro legal para justificar o investimento público já pago. Valor: dois mil cruzeiros ou R$ 536,96 (IPC-SP). Euclides Paes Mendonça, raposa política de primeira, voltou com a festa na sua mesma formatação de 1957 até seu desaparecimento em 1963 (leis 155/57; 171/58; 188/59; 199/60; 216/61; e 226/62).
Até o início dos anos quarenta, a cultura dos que mandavam no Brasil era de que a festa – de que todos sempre gostaram - era algo demoníaco, portanto, proibido. O cinema, o rádio e depois a vitrola espalharam cultura organizada e enlatada pelos quatro cantos do mundo modificando sensivelmente a forma de ser das sociedades. O domínio político saiu do campo exclusivo das armas, da política dos conchavos e da religião para ter um concorrente à altura: a mídia. Em Itabaiana não foi diferente.
No início dos anos quarenta o rádio a válvula trazia notícias muitíssimo mais rápidas e baratas que o telégrafo e muito mais que o jornal. Também trazia música e costumes. Localmente nossos “sambas” (forró é uma terminologia da segunda metade do século XX), quase sempre afastados "da cidade" era a única diversão. Mas ao fim dos anos quarenta surgem por aqui os primeiros clubes de recreação, em especial a Associação Atlética de Itabaiana. E eis que aparece a Micareme de 1949, Uma festa particular, dos sócios da Atlética, mas feita com dinheiro público segundo a lei número 29, de 09 de agosto de 1949(*). Ao que tudo indica a festa já ocorrera em abril – como ora ocorre – tendo sido a dita Lei apenas um socorro legal para justificar o investimento público já pago. Valor: dois mil cruzeiros ou R$ 536,96 (IPC-SP). Euclides Paes Mendonça, raposa política de primeira, voltou com a festa na sua mesma formatação de 1957 até seu desaparecimento em 1963 (leis 155/57; 171/58; 188/59; 199/60; 216/61; e 226/62).
(*) Nos tempos coloniais, até as Posturas municipais vinham de Lisboa. No Brasil independente, já no Império, nenhuma Lei era criada pela municipalidade, exceto a dita Postura Municipal. A numeração de leis municipais na República cessa com o Estado Novo e recomeça no pós-Constituição de 1946. Daí o porquê da numeração baixa da dita Lei.