sexta-feira, 15 de maio de 2009

Sem Maria.

“Foi um arre-arre danado lá p’as banda”(*) da Terra Dura porque a ex-prefeita Maria Mendonça não estava junto do governador de quem é aliada, enquanto que Luciano Bispo, atual prefeito estava.
O evento em questão, foi a inauguração da reforma total da rodovia estadual, parte do chamado corredor turístico Aracaju – Xingó, em Canindé do São Francisco.
Que fique bem claro: inauguração de obra, antes de ser um ato político é um ato administrativo. Que diabos faria Maria ali, se Maria atualmente não tem cargo público nenhum? No mínimo pagar mico. Ou será que os faladores acham o governador - e a própria Maria - são burros a ponto de caracterizar uso eleitoreiro do evento?
Enquanto isso, seria de uma descortesia – falta de educação de ambos, até – se o governador Marcelo Déda não convidasse, e o prefeito Luciano Bispo, sem motivo de força maior deixasse de ali comparecer atendendo ao convite. Terra Dura é Município de Itabaiana; que o prefeito foi eleito para representá-lo.

(*) Respeita Januário, do saudoso “Lua” Gonzaga.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Blá-blá-blá

“Moço, eu quero isso que você diz por escrito; no papel. Porque esse negócio de boca... dito só de boca é coisa de fofoca. Pra valer mesmo, tem de ser no documento”
Observação feita por um cliente do serviço onde trabalho ao exigir uma declaração escrita que garantisse estar sua filhinha de cinco anos livre do perigo da dengue, e, portanto, sem a necessidade de fazer um exame para o dito mal. Março/2008.

Sobre a polêmica entre o Governo do Estado e a Prefeitura Municipal de Itabaiana, referente aos prédios para a Saúde: Cadê os documentos? Os extratos bancários mostrando os repasses; as cópias das aferições (o Estado deve ter alguém pra isso, não?) das etapas da obra, já realizadas; as conclusões da auditoria municipal, enfim, explicações com menos cacoetes e mais sinceridade.
A quem de direito, este tipo de campanha política extemporânea – acusações evasivas, mútuas ou não pra ver se cola - costuma ser tiro no pé de quem a pratica; logo, é melhor agir com sinceridade, doa a quem doer.
Parece que a “n” outros exemplos de malversação de recursos públicos, alguém gastou o dinheiro indevidamente. Que pague. Que assuma seu erro. Inclusive o Governo do Estado por não cumprir com sua obrigação fiscalizadora.
Mais aqui; aqui e aqui.

terça-feira, 12 de maio de 2009

O gerentão.

Passados os primeiros doze meses da gestão próxima passada de Maria Mendonça; e consequente clara sinalização para a repetição de modelitos pra lá de antigos, em matéria de gestão pública, e, ou, prática política, estava eu e um amigo, que já foi titular numa das mais importantes pastas da Administração Municipal a comentar a situação. Depois de analizarmos: o histórico municipal, desde no mínimo um século, seja nas práticas políticas, seja na gestão administrativa; as rendas municipais e suas perspectivas por uma década, antes e depois; o pacto político partidário mantido pela sociedade itabaianense desde dois séculos; e a característica de escapismo político por parte das instituições locais, chegamos à conclusão que Itabaiana necessitava “do gerentão”. Alguém que organizasse a administração, de certa forma, irrevogável, e caísse fora deixando finalmente uma estrutura gerencial que viesse a ajudar os próximos políticos pretendentes ao cargo de prefeito; e, de certa forma, tosasse os ímpetos baderneiros dos que ascendem à gestão pública municipal sem o devido preparo sócio-político. Um consenso elitista; quase uma ditadura “branca”, como fizeram os técnicos do Estado Novo e os do Golpe de 1964 em nível nacional. Mas aí, veio à tona a fábula do gato e os ratos. Quem teria coragem de amarrar o guizo no pescoço do gato?
Atualizando, contentemo-nos, pois, com a eterna mediocridade. Com os campeonatos entre o partido “do bem” contra “o do mal”, é só.
Enquanto isso, Itabaiana virou o século antepassado para o passado em nono lugar em arrecadação no Estado, porém com vinte por cento da capital. Manteve a posição do século passado para este em curso, e atualmente está no nono lugar (per capita, é uma das piores arrecadações municipais de Sergipe), porém com oito por cento do da capital. Paga uma imensidão de aluguéis a “eleitores amigos”; tem perto de três mil funcionários mal pagos, não tem um projeto sério de gestão; a cidade não consegue segurar investimentos (mesmo tendo a maior inflação imobiliária de Sergipe, talvez do Nordeste, o que sinaliza excesso de liquidez; de dinheiro sobrando na praça para ser investido), não tem perspectivas de crescimento algum além do crescimento natural do comércio, sujeito às ondas.
E os dois partidos em permanencte contencioso, só tem a oferecer, empregos, sacos de cimento, pequenas reformas de casas e outros “adjutórios”, uma verdadeira compra de votos, onde, o que mais sabe comprar é o que vai levar. Inclusive a conta mais salgada que continuará depois a pagar exaurindo ainda mais os cofres públicos. Eis a armadilha.
Só uma vigorosa e inteligente intervenção externa para por ordem nessa espiral de maluquices. Mas... a pergunta: quem amarrará o guizo?