quinta-feira, 16 de julho de 2009

Sucesso(?)

O chefe da Polícia pelo telefone manda me avisar
Que na Carioca tem uma roleta para se jogar.
Donga in Pelo Telefone

Mesmo com o helicóptero da Polícia devidamente caracterizado avisando a turma da esperteza, da mão leve, os “sabidos”, para se recolherem, ainda foram pegos 17 carros e 52 motos irregulares(mais aqui) na última terça-feira, 14. Muito pouco diante de um universo de quase 20 mil veículos dos quais, não é preciso ser pitonisa pra saber que tem muito “pipoco” no meio, mas, como já dito, nos tempos dos celulares e ainda mais com o helicóptero avisando “estamos na área” até que não foi tão ruim.
E os honestos “otários” continuarão sendo chamados de otários por acreditar na segurança.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

E por falar em Segurança-de-espetáculo...

Ontem no noticiário da TV Globo, uma amostra do que é a polícia brasileira (veja aqui as cenas). Prepotente e arrogante porque despreparada. Falta inteligência e sobram músculos. Juntos com esses fecham a tragédia nacional, a esperteza, a malandragem, o crime dentro do aparelho do Estado. A Segurança não assegura, já que não constituída para isso. Quando alguém mais poderoso é incomodado, saca o velho recurso do pistoleiro. Ou a própria polícia quando o incomodante é um pé rapado a incomodar o “dotô”. E la nave va..

terça-feira, 14 de julho de 2009

Músculos e esperteza; ao contrário de inteligência.

Patacoada! Foi o que exclamou, entre irada, desesperada e resignada uma senhora de seus cinqüenta, parada na esquina da Sete de Setembro com São Paulo, hoje, 14, por volta das 15:30 horas, em mais uma das inúmeras passagens do helicóptero a serviço da polícia militar de Sergipe por sobre nossas cabeças.
Faço minhas as palavras da senhora em questão. Não engana a ninguém, essas demonstrações de suposta força, quando todo mundo – salvo os excessivamente tolos – sabe muito bem que o que é preciso é investigador investigar e prender bandido fundamentado na investigação. O Estado mostrar que exerce de fato sua competência. E não a Polícia avisar aos bandidos que está na área; para que os ditos se escondam. Meia hora depois da passagem do aparato a boca de fumo abre regularmente; os batedores de carteira se aproveitam da possível falsa segurança causada; os arrombadores, pés de cabra à mão e à vista de quem quiser ver ficam à espreita ou mesmo partem para o ataque: arrombar portas e portas de estabelecimentos comerciais com tem feito com intensidade nas duas últimas semanas.
Mesmo que imperasse a boa vontade da Polícia sergipana (que não parece ser o caso), do que mais necessitamos é de inteligência; não de músculos aliados à mera esperteza pequena.
Cairia muito melhor para a Polícia e para o Governo do Estado se tal aparato viesse para cumprir mandados de prisão. E prendesse. De piabas a tubarões. Caso contrário vai dar reclamação no PROCON a qualquer hora. Motivo? Produto falsificado.
Policial é pago pra ser mais inteligente que o bandido. Não mais truculento.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

A quem interessa?

É sabido que em tempos idos, nos tempos dos delegados “não formados” - todos apaniguados por colegas superiores; por gente da Justiça, mas principalmente por coronés da política - era comum com a chegada de novo comando ocorrer algum distúrbio na localidade em que chegava. O mais comum era uma guerra entre as facções da bandidagem. Era uma forma rápida e prática do novo titular se livrar de problemas. Justiça de bandido é a execução. O novato armava um alçapão de forma que as quadrilhas somente se davam conta da armadilha quando já tinham morrido quatro ou cinco de cada lado. Limpeza, diziam os “pragmáticos”; os que acreditam que matar bandido resolve problemas de violência. Justiça, diziam outros, adversos à violência, mas vítimas diretas ou indiretas dela. Mas havia também os caça-níqueis – nunca provados. Os que, para conhecer a fina flor da marginália liberava geral. Usava uma espécie de mandamento de Maquiavel. Este diz na sua obra, “O Príncipe”, que o povo só pede para não ser molestado, o que é fácil de fazer. Logo, se o povo não está devidamente molestado, que se providencie a tal “mulésta”. Depois, uns apertos aqui, outros ali, e os níveis de violência voltam ao estado de suportabilidade de uma sociedade já violenta e violentada e, palmas para o herói.
Essa onda de exacerbação da violência que ora se abate sobre Itabaiana(mais aqui), como tantas outras, é, definitivamente suspeita. Parece que abriram os portões do inferno e mandaram “os cão” todinhos para cá. Que me perdoem o exagero, mas parece coisa orquestrada.
Além dos bandidos comuns, quem está a ganhar com isso?
Em Itabaiana “corre dinheiro”, mas também se ansia por civilidade.
Aviso: a internet acabou com o conluio imprensa+políticos poderosos ao expor-lhes as víceras impiedosamente e de forma indefensável. Acabou com a integridade de salafrários que se ocultavam por trás de títulos pomposos ou cargos magestosos. Até agora, contudo, tem poupado a Segurança e até mesmo a larga porção da Justiça. Mas isso vai acabar. Nem mesmo os aiatolás conseguem segurar essa onda.

domingo, 12 de julho de 2009

A “ponte” de Déda.

O projeto de reforma do Baptistão com vistas a sediar uma sub-sede da Copa 2014 é de um nível de imitação de outra idéia – que não deu certo – impressionante.
A Ponte Construtor João Alves que atravessa o velho rio Cotinguiba, rebatizado por Sergipe na busca desenfreada por uma identidade, ainda em meados do século XIX está lá. E serve. Todavia continua a pergunta de dez em cada dez pessoas sensatas quando seu projeto veio à tona: pra quê, agora? Era óbvio o interesse do então governador João Alves Filho em transformá-la no símbolo de grandeza sergipana e de seu governo. E em votos. Não deu. Ao invés de ajudar, serviu de galhofa. E ninguém em sã consciência pode dizer que o conjunto arquitetônico é feio.
A idéia de fazer uma mega-estrutura a partir da reforma do quarentão Baptistão é interessante. Todavia, não haveria projetos de bem maior alcance social, econômico e político no Estado que a mega-estrutura que ali se cogita fazer? Se é pra candidatar-se a uma vaga entre as cidades privilegiadas para a Copa 2014... E não já foram todas elas definidas? Ou por acaso os assessores do governador acha que uma Copa do Mundo é como uma feira livre de interior de Sergipe, que se pode mudar a bel-prazer? Teria Sergipe, com dez anos de intenso e ininterrupto crescimento, condições para sediar tal evento? Não basta estádio. Não bastam hotéis, vias expressas... o lugar tem que ter algo mais que se não constrói em cinco anos.
Essa reforma ta mais para a Ponte de João Alves; e essa suposta participação na Copa 2014, mais parece a história da refinaria de João Alves, lembram?
Sinceramente esperava (talvez ainda espere) bem mais de um governo do “companheiro” Marcelo Déda Chagas.
Veja aqui mais sobre jogo de aparências e micos.
Mais sobre o projeto Baptistão aqui (clique) (pós edição 18:46)