quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Uma Macambira a menos por ano.

A queda de nascimentos em Sergipe observada ano a ano depois de 1996, pelo menos no que toca aos números até 2007, prevê um município inteiro de Macambira a menos por ano no Estado. Em 1996 nasceram 42.055 pessoas no Estado. Foi o maior crescimento observado no número de nascimentos que desde então despencou chegando em 2007 com 35.801 nascimentos, e que, por números preliminares continua em queda livre.

Da lógica das coisas.

Minha cédula de identidade é de 13 de setembro de 1973. Seu número está abaixo do número 300 mil. Em 1973 Sergipe tinha 1,2 milhões de habitantes de todas as idades. Logo, o potencial de então para mais cédulas de identidade era de 900 mil. De lá para cá, se observarmos a média dos 544.872 nascimentos entre os anos de 1994 e 2007, que é de 38.919 nascimentos por ano, teríamos em 2007 mais 1.128.663 habitantes, o que não quer dizer identificados pela SSP de Sergipe. Isso desconsiderando os óbitos registrados pelo SUS de 1979 até 2007, que é 246.853 no geral. Coloquemo-os como diferencial estatístico entre 2007 e agora, 2009. Somando os 900 mil de 1973 com mais 1,2 milhões (arredondando) de entre 1973 e 2009 teremos 2,1 milhões de habitantes de todas as idades, o que corresponde ao que prevê o IBGE.
Como é que já acuso no sistema de saúde onde trabalho números de série da Identidade de Sergipe acima de 3 milhões?
São procedentes os questionamentos do jornalista Cláudio Nunes (aqui) sobre o sistema de identificação em Sergipe.
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Fonte dos dados: Datasus. (Sergipe: Mortalidade geral 1979-2007; Nascidos vivos 1994-2007)

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Atestado de otário

Todo mundo em Itabaiana acompanhou a novela que foi a história dos 600 demitidos da Prefeitura Municipal de Itabaiana pela ex-prefeita Maria Mendonça, assim que assumiu em 2005. Aí vieram quatro anos com Luciano acusando Maria de insensível e Maria acusando Luciano de irresponsável. E o processo judicial devidamente "correndo" em berço esplêndido. Pelo menos uma vizinha minha morreu vítima de câncer, no mínimo agravado, senão gerado pela depressão que a tomou por inteiro quando se viu sem eira nem beira (Nem todo mundo que pega um emprego de prefeitura é um pilantra que quer apenas o dinheiro e que tem sangue de barata). Muito bem. Eis que agora, depois que tanta gente foi prejudicada vem a Justiça e diz que não há problema. Resumindo: Aí Maria botou os dela - os “voluntários” – venceu seus quatro anos com “seu lado” arrumadinho. E Luciano fez discurso e manteve "os fiéis" firmes até outubro de 2008. Agora Luciano bota os dele – os “do seu lado” – tudo arrumadinho, e Maria faz discurso(até outubro de 2012?). E a Justiça – que fica de bem com Luciano e com Maria – parece querer passar atestado de otário aos cidadãos que nela acreditaram ao demorar justos quatro anos pra dizer que... o processo estava fora dos prazos!
Famílias estraçalhadas, gente desesperada, fome, vergonha, dor e até morte por depressão ou complicações por ela. Normal. Tudo normal.
Simbolicamente, isso me lembra as palavras de uma figura humanóide que atirou a filha numa lagoa de Belo Horizonte: “Também, essa droga de menina!”
Nada há de mais hediondo do que quem já detém o uso do poder dele ainda abusar.
Triste humanidade desumana.