sexta-feira, 2 de abril de 2010

32 anos depois.


Por conta da reforma ora em curso no Estádio Presidente Médici, neste ano de 2010 a Via-Sacra feita ali todas as sextas-feiras da Paixão não se realizou. Teve como palco a Praça de Eventos, vizinha ao mesmo estádio.
A invenção do ato na Sexta Santa de 1978 coube à Irmã Caridade, então orientadora do grupo católico Juventude Unida a Cristo do qual participei, e originalmente não era uma Via-Sacra típica e sim uma encenação com vistas a algo mais grandioso. No ano seguinte, em 1979, com o grupo jovem em momento de reestruturação, a Matriz de Santo Antonio tomou as rédeas do evento transformando-a em Via-Sacra como até hoje é.
Recentemente fomos encontrar a Irmã Caridade (foto) na capela de Nossa Senhora do Rosário em São Cristóvão, já em preparo para partida em definitivo para Portugal que deve ter ocorrido em 10 do último mês de março.

Deixa ver se eu entendi:

O deputado Mendonça Prado, genro de João Alves Filho está apresentando um projeto para criar uma Lei que já existe (aqui)? Ou será que o ilustre deputado, certamente motorista além de parlamentar, não conhece o Código Brasileiro de Trânsito?
Doutor, fala aí com seu sogro e com o Albano pra liberar a os “homi” (e mulheres) da Justiça, para que metam a caneta nos prefeitos e vai estar tudo resolvido. Rapidinho. Não me invente mais sopa de letras mortas!

quarta-feira, 31 de março de 2010

Mata-mata

Olha, eu não gosto desse mata-mata em que a polícia sergipana está se envolvendo (mataram mais quatro hoje). Tem alguma coisa errada. Uma coisa é um confronto de vez em quando; outro é uma rotina como está se tornando.
O pior é que a mais inocente das suspeitas é a de preguiça de investigar; de uso da força bruta ao invés da inteligência. Mas aí vem as outras, inclusive a perigosíssima suspeita do apagar de arquivo. Gente morrendo pra não delatar quem da própria polícia ou até da Justiça estaria se beneficiando com o crime. É louvável a forma com que parte da polícia sergipana vem se comportando. Isso, todavia, não dá salvo conduto pra matança. Especialmente porque, repito, por trás da matança pode estar se escondendo um câncer de proporções colossais.
Quem diz é o mestre Maquiavel: a pena que realmente importa não é a pena capital; de morte. É a pena pecuniária. Não existe maior humilhação a um celerado do que tirar tudo dele deixando-o apenas com a vida para que reflita melhor sobre o uso do poder.
Polícia não é pra matar. Polícia é para prevenir, se necessário abordar, se ainda necessário prender e só depois de exauridos todos os recursos, o mata-mata. Bandido não tem medo da morte; ele já sabe que é um condenado. Todavia, um tempo no xilindró pra que ele saiba que perdeu algo – morto não pode saber disso – e poderá se transformar num desestímulo à nova safra de bandidos que não para de brotar como carrapatos. A única forma de transformar o “herói” bandido em exemplo a não ser seguido não é matando. É mostrando que o braço do Estado é infalível. Aprontou, dançou.

Porrada versus trabalho mais inteligência.

No Mapa da Violência (aqui) recém publicado uma constatação. Triste constatação: Itabaiana é o segundo mais violento município de Sergipe, há anos. Isso nos instigou a pensar um pouco o passado quando os assassinatos por aqui ocorriam por vingança por encornamento, assim como briga “de cachaça”, ou seja, por bebedeira e descontrole... nunca por apostas em jogos ilegais ou papelotes de cocaína, crack ou maconha não pagos, tão comuns nos dias atuais.
Os níveis de violência em Itabaiana até 1983 eram de primeiro mundo, como dizem os tabaréus com complexo de vira-lata. De Sergipe, nem se fala. Houve cidades de dez mil habitantes que passou dez anos sem um só assassinato. Depois de 1983 a coisa começa a perder o controle.
Fomos verificar – e atualizar com os últimos números do DATASUS, de 2007 – uma tabela que mantemos e, surpresa por ainda não havermos constatado: Do período de perda total do controle sobre a violência no Estado, o único em que se salva é o que a Segurança foi administrada por Wellington Mangueira. Pegamos quatro municípios da Grande Aracaju como exemplo e os três mais populosos e coincidentemente mais violentos fora da Grande Aracaju: Estância, Itabaiana e Lagarto. A violência em Aracaju desabou no período, com queda de 40 por cento nos homicídios; Em Lagarto, que passava por certa tranqüilidade naquele momento, cai a menos de um terço; em Estância, idem e até em Itabaiana cravamos 1998 com apenas 5 assassinatos, onde já vínhamos com quase dez anos entre os 16 e 20 ao ano. 1998 foi o ano do sonhado e tão mal-fadado Conselho Municipal de Segurança, instrumento civilizado para tratar com o assunto segurança, mas instrumentalizado pelo partidarismo político e com o fim que tudo que assim o é, tem.
Tão logo foi abandonada a política de Segurança de Mangueira, e consequentemente voltou-se a apenas apostar na porrada pra resolver problemas de segurança, e os níveis subiram estratosfericamente. Itabaiana, 5 assassinatos em 1998 e 36 em 1999; Aracaju, 60 para 109; Socorro, 17 para 37; Lagarto, 3 para 20; Estância, 7 para 15; Barra dos Coqueiros, "0" para 3; e apenas em São Cristóvão caiu de 12 para 8. Observa-se essa tendência de subida de forma generalizada pelos demais 68 municípios.
No supra citado estudo, mesmo indo-se pela média dos últimos cinco anos estudados, Itabaiana está na incômoda classificação de 211° lugar dentre os 5.561 municípios brasileiros. Em Sergipe, à sua frente somente a Barra dos Coqueiros em 198° lugar. Aracaju é o terceiro, em 289° no ranking nacional.

domingo, 28 de março de 2010

Tá reclamando de quê?


Vereadores ligados à ex-prefeita Maria Vieira Mendonça vem reclamando incessantemente de falta de apoio por parte do governador Marcelo Déda, e do PT sergipano como um todo.
Mas estão reclamando do quê?
Quem poria 14 quilômetros de asfalto numa cidade onde toma cacete em toda eleição; e num final de mandato de um aliado que acaba de perder a reeleição?
Sinceramente, ninguém em Itabaiana pode reclamar até agora dos governos dos "companheiros", seja na Presidência da República, seja no Governo do Estado. Se muito mais não veio é porque não quiseram ir buscar.
(clique no gráfico para vê-lo melhor)