quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

A REPÚBLICA DO RIDÍCULO

Faz anos que o posto da Polícia Rodoviária Federal, na BR-235, cercanias da cidade, mais precisamente falando, na sua saída para a capital do Estado, contém dois quebra-molas ou redutores de velocidade, antes e depois da sede da mesma. O Fórum Maurício Graccho Cardoso, há pelo menos dois anos é literalmente cercado de cerca elétrica. Eis o respeito a que se dá o Estado brasileiro: ele que deve controlar e acabar, no mínimo reduzir a número suportável a quantidade de bandidos, anda se trancando tanto quanto o cidadão a quem ele, O ESTADO BRASILEIRO, deveria proteger.
Voltando hoje de um curto período de férias chego agora no trabalho e a colega da recepção vem abrir o portão de ferro, engradado de segurança para proteger a porta de vidro. A princípio não dei por nada pois é costume, como somos dos primeiros a chegar, antes mesmo da clientela, ela só abrir o estabelecimento por completo quando eu ou outro colega chega. Qual nada! Veio logo a explicação: estamos sob grades, numa repartição, de atendimento ao público, porque ontem um moleque entrou pela manhã para assaltar celulares, concluindo seu propósito. Algo parecido está ocorrendo com a secretária da Paróquia de Nossa Senhora do Bom Parto: um vagabundo, já por duas vezes foi-lhe tomar o dinheiro ali recolhido dos fiéis.
A Polícia Rodoviária Federal tem que botar quebra-molas para ser "respeitada"; o Fórum de Justiça da cidade e, salvo engano o Ministério Público tem que botar cercas elétricas pra serem "respeitados"; e as repartições, públicas e privadas, têm que se trancarem detrás de grades porque a bandidagem é quem manda.
Pra que pagamos impostos que só serve pra ladrões de alto escalão roubar?
Que porcaria de país é este?
E não me digam que polícia não pode com bandido: polícia é o Estado por excelência; o símbolo máximo de Estado. Desde que não seja loteada entre "coronés". Não me digam que desaprenderam que para acabar com o roubo tem que acabar com os receptadores do produto dele. Executar pivete não resolve nada.
Já houve tempo em que “coronés” de oposição por aqui tinham que ter suas milícias e chegamos aos desplante de um governador de Estado firmar amizade com Virgulino Ferreira, o Lampião, como forma de se proteger da polícia comandada pela oposição. Parece que estamos na mesma rota de retorno aqueles tempos.
Tá difícil!
Segurança é o item mais caro ao ser vivente; não somente aos humanos, mas a todos os seres vivos. Sem segurança se não produz. Perde-se qualquer interesse ou condição para produzir. Segurança, pois, está acima de todas as prioridades.