sábado, 2 de dezembro de 2017

TÓPICOS DE HOJE

Eu, na Folha da Praia

Recebi ontem, através do confrade Antônio Francisco de Jesus, o querido Saracura, alguns exemplares da Folha da Praia, enviados pelo amigo, grande jornalista Amaral Cavalcanti, da edição 861 desse novembro próximo findo de 2017, ano XXXVI dessa brincadeira séria que, mesmo à certa distância, vi nascer. Nesse número, além de um artigo do amigo e confrade Antônio Samarone, o Amaral me fez a gentileza de replicar um artículo de minha lavra publicado no Facebook, um desabafo contra a letargia dos sindicatos, instituições que são fatores primordiais no amadurecimento e bom funcionamento da democracia. Primordiais à eunomia. A replicação desse meu artigo, portanto, preenche-me uma dor de cotovelo de décadas, quando vi desfilarem pelo emblemático hebdomadário textos os mais variados, e eu, moleque “d’interiô”, a achar-me incapaz de um dia estar também naquelas páginas. Meu muito obrigado ao Amaral e equipe que faz o jornal Folha da Praia.
 

 

Costumes I

Vou retornar às velhas costureiras e ou alfaiates. É que fico cada vez mais de saco cheio com as camisas de marcas, pelas quais costumo pagar fortunas, e nem são lá esses balaios todos em matéria de acabamento, e até mesmo de tecido; e o pior: sem bolsos. Quase se não mais encontra camisas pros “coroas”; agora é só pra boy. Sem bolsos. Acontece que tenho por hábito carregar uma caneta comigo e um bloquinho para anotações, e às vezes algum outro apetrecho minúsculo, mas que somente se carrega bem no bolso da camisa. Como usá-lo, se os estilistas e suas modas sempre esquecem que nem todo mundo acompanha a moda! Essa estupidez humana que a moda: você pagar cara por algo que lhe deixa mais ou menos uniformizado com uma multidão, mas que promete – e você acredita – que te deixa individualizado. Vou protestar voltando às origens.
 
 

Costumes II

Minha Itabaiana vive me surpreendendo. Agora pela manhã, por volta das dez e quarenta eu enfrentei uma fila de sinal em três estágios, coisa por que passei, não faz tempo, apenas em São Paulo, Salvador e Aracaju. Encostei o carro no fundo do imediatamente à minha frente e esperei o sinal abrir. Abriu, passou um lote de carros, eu adiantei um pouco mas tive que parar porque o sinal fechou antes da minha passagem. E repeti mais uma vez e, na terceira, fiquei à frente da fila. Finalmente consegui passar. Detalhe: o sinal é temporizado em quatro estágios de trinta segundos, o que significa dizer que passei quase seis minutos na fila. Isso era impensável há vinte anos atrás, quando sequer sinais de trânsito existiam por aqui.